Artigo publicado - Revisão sistemática da acurácia da ressonância magnética para a avaliação do subescapular
Artigo publicado pelo nosso de Grupo de Ombro e Cotovelo do IOT HCFMUSP na revista Archives of Orthopaedic and Trauma Surgery.
Citação
Malavolta EA, Assunção JH, Gracitelli ME, Yen TK, Bordalo-Rodrigues M, Neto AA. Accuracy of magnetic resonance imaging (MRI) for subscapularis tear: a systematic review and meta-analysis of diagnostic studies. Archives of orthopaedic and trauma surgery. 2018 Dec 11:1-9.
Realizamos uma revisão sistemática da acurácia da ressonância magnética para a avaliação do subescapular. Seguindo uma linha de pesquisa da avaliação por ressonância do subescapular, tivemos como objetivo avaliar a acurácia dos estudos de boa qualidade já publicados nesse tema. A hipótese principal é a de que a ressonância magnética apresenta menor acurácia para avaliar as roturas do subescapular, principalmente as parciais ou do terço superior.
Resultados
Nosso estudo demonstrou uma sensibilidade 68% para todas as lesões do subescapular e uma especificidade de 90%. Tanto a sensibilidade quanto a especificidade foram maiores para as lesões transfixantes do subescapular.
Conclusões
A ressonância magnética é um método preciso para diagnosticar rupturas do tendão subescapular; no entanto, sua precisão é menor que a das rupturas gerais do manguito rotador, devido à sua menor sensibilidade.
Mensagem prática
Apesar de ter boa acurácia, a ressonância magnética tem uma sensibilidade menor para o subescapular do que para o supraespinal, com base nos estudos avaliados. Na vida prática é possível que essa sensibilidade seja ainda menor. O ortopedista deve estar atendo aos sinais indiretos de rotura do subescapular, como cistos no tubérculo menor e sinais de subluxação da cabeça longa do bíceps. Nos casos cirúrgicos, deve também sempre avaliar ativamente o subescapular, com manobras de posteriorização da cabeça do úmero (lever-push), associado a abdução e rotação interna.
Resumo original em inglês
Abstract
Introduction The accuracy of MRI for subscapularis tear is lower than that of overall rotator cuff tears. Until now, no systematic reviews and meta-analysis have been conducted to compile these data. The purpose of this study was to determine, through a systematic review and meta-analysis, the diagnostic accuracy of MRI in the detection of subscapularis tendon tears.
Materials and methods A systematic review of PubMed, EMBASE, and MEDLINE databases up to April 2017 was performed. All studies assessing the sensitivity and specificity of the MRI (index test) compared to arthroscopic surgical findings (reference test) for subscapularis tendon tear were included. A meta-analysis was performed to calculate pooled sensitivity, specificity, sROC curve, and diagnostic odds ratio values.
Results A total of 497 citations were identified. After applying the eligibility criteria, 14 articles were included, including 1858 shoulders with 613 subscapularis tears. For overall subscapularis tears, sensitivity was 0.68 (95% CI 0.64–0.72) and specificity was 0.90 (95% CI 0.89–0.92). Sensitivity was 0.93 (95% CI 0.83–0.98) for full-thickness tears and 0.74 (95% CI 0.66–0.82) for partial tears. Specificity was 0.97 (95% CI 0.94–0.98) for full-thickness tears and 0.88 (95% CI 0.85–0.91) for partial tears. Analyzing only studies with field of strength≥1.5 T, sensitivity was 0.80 (95% CI 0.76–0.84) and specificity 0.84 (95% CI 0.81–0.87). Conclusion MRI is an accurate method for diagnosing subscapularis tendon tears; however, its accuracy is lower than that of overall rotator cuff tears, due to its lower sensitivity.
Level of evidence III, systematic review of Level II and III studies. Keywords Rotator cuff tear · MR imaging · Subscapularis tendon · Accuracy · Sensitivity · Specificity